Em um ambiente empresarial cada vez mais orientado por dados e racionalidade, é comum ouvir que boas decisões exigem lógica, frieza e distanciamento emocional. Mas a ciência — e a prática — revelam o oposto: decisões eficazes nos negócios envolvem, inevitavelmente, componentes emocionais.
Segundo Antonio Damasio, neurocientista referência em estudos sobre o comportamento humano, não existe decisão sem emoção. Mesmo as análises mais racionais passam por circuitos emocionais no cérebro antes de se transformarem em ação.
Negar isso é ignorar um elemento central da gestão moderna: a emoção é parte da estratégia, e não seu oposto.
Empresários e líderes tomam decisões diariamente sob pressão, incertezas e riscos. Nessas condições, emoções como medo, euforia, ansiedade ou frustração estão presentes — e, se não forem reconhecidas, podem distorcer o julgamento.
Por exemplo:
Por outro lado, líderes que desenvolvem inteligência emocional conseguem reconhecer essas emoções, analisá-las com distanciamento e tomar decisões mais alinhadas com seus valores e objetivos.
Empresas bem-sucedidas não são apenas eficientes — são emocionalmente inteligentes. Elas promovem ambientes onde emoções podem ser nomeadas e discutidas com profissionalismo. Isso fortalece a comunicação, reduz ruídos nas relações e aumenta a eficácia na resolução de problemas.
Líderes com maturidade emocional:
Negócios são feitos por pessoas. E pessoas sentem. Compreender esse fato e usá-lo de forma estratégica é o que diferencia gestores comuns de líderes que constroem empresas duradouras.